todos eles morreram na fé e, embora não tenham recebido todas as coisas que lhes foram prometidas, as avistaram de longe e de bom grado as aceitaram. Hebreus 11:13 NVT
Vivemos em um mundo em constante mudança, cheio de incertezas, dores e instabilidades. Mas para o cristão, essa não é a nossa morada definitiva. Somos peregrinos. Essa palavra carrega um profundo significado espiritual: estamos de passagem, caminhando com os olhos voltados para uma pátria celestial, onde habita a justiça e reina o nosso Senhor.
Eles não eram apenas estranhos e peregrinos, eram confessos da Fé, pois era necessário expressar sua Fé. Não seja como Nicodemos que veio à noite buscar a Cristo, tenha vergonha de ter vergonha, confesse com ousadia o que você é.
Ser um peregrino não significa viver de forma irresponsável ou alienada, mas sim com a consciência de que nossas decisões, sonhos e valores devem estar enraizados na eternidade. O mundo pode tentar nos prender com suas promessas vazias, mas quem conhece a verdadeira esperança, não troca o eterno pelo momentâneo.
A fé nos faz olhar além dos desertos e tempestades da vida e enxergar a cidade cujo arquiteto e construtor é Deus. “Abraão esperava confiantemente pela cidade de alicerces eternos, planejada e construída por Deus.” Hebreus 11:10 NVT. A vida de fé é maravilhosa, mas o andar da fé também é. Há uma “cidade que tem fundamentos”, uma cidade fundada no poder eterno, e temos esperança de que estamos a caminho dela.
A esperança do cristão não é ilusória, nem baseada em sentimentos passageiros. Ela está firmada em uma promessa viva: “Cristo está em vocês, o que lhes dá a confiante esperança de participar de sua glória!” Colossenses 1:27 NVT. Essa esperança nos sustenta quando tudo parece ruir, nos levanta quando caímos, e nos conduz quando não sabemos o caminho. Enquanto o mundo desespera, o peregrino da fé espera, porque sabe em quem tem crido.
Renúncia
No entanto, ser peregrino também implica em renúncia. Abraão deixou sua terra sem saber para onde ia, somos chamados a sair da zona de conforto, negar a nós mesmos e seguir os passos do Mestre. Há momentos em que a jornada parecerá solitária, mas nunca estaremos sós. O mesmo Deus que guiou Israel pelo deserto com nuvem e fogo, nos guia hoje com Sua Palavra e com o Espírito Santo.
A esperança que nos move é viva porque está ancorada em um Salvador ressurreto. Jesus não nos prometeu ausência de aflições, mas presença constante e vitória final. Por isso, mesmo em lágrimas, seguimos com os pés no caminho e o coração no céu. Sabemos que nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um eterno peso de glória.
“Pois estas aflições pequenas e momentâneas que agora enfrentamos produzem para nós uma glória que pesa mais que todas as angústias e durará para sempre.” 2 Coríntios 4:17 NVT.
Enquanto caminhamos, deixemos marcas de fé por onde passarmos. Que o mundo nos veja como viajantes que carregam luz, como forasteiros que anunciam um Reino invisível mas real. Somos peregrinos e um dia, ouviremos do Senhor: “Venham, vocês que são abençoados por meu Pai. Recebam como herança o reino que ele lhes preparou desde a criação do mundo.” Mateus 25:34 NVT
Ouve minha oração, Senhor!
Escuta meus clamores por socorro!
Não ignores minhas lágrimas,
pois sou como estrangeiro diante de ti,
um viajante que está só de passagem,
como eram meus antepassados.
Salmos 39:12 NVT
Aquele que sabe derramar seu coração aos pés da cruz não demorará muito em encontrar misericórdia. Que Deus abençoe a cada um de nós Amém.
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